sábado, 11 de abril de 2015

Fejão no dente



“Fejão no dente”



Há feijões e feijões. Há famílias diversas, com cores, formas e tamanhos. Uma infinidade de variedades de feijões. Encontramos o feijão como alimento, e famílias com o sobrenome de feijão. O feijão é uma leguminosa que faz parte da base alimentar do brasileiro. E há feijões e feijões. Há os feijões digestivos e nutritivos; e os feijões fracos, sem vitaminas e sem proteínas, e até indigestos. Alguns feijões são consumidos com a própria vagem, e podem ser simplesmente ser chamados de vagem, diferenciando-se entre manteiga e macarrão.

Algo que parece nunca dar certo é um feijão no dente, o popular “Fejão no dente”. Quando depois de uma alimentação, uma refeição, ou depois de uma degustação fica um pedaço ou uma casca de feijão, em um dos dentes, cobrindo um dente, ou localizado entre os dentes. 

Existe uma grande variedade de feijões. Podendo alguns até ser classificados ou nomeados pela cor: feijão branco e feijão preto, e até o feijão mulatinho; feijão vermelho, feijão roxo, e outros. Outras variedades e classificações podem ser nomeadas na cor e na condição da semente: como o caso do feijão verde, que também é conhecido como feijão de corda, dependendo do local. Depois de maduro pode receber outro nome, como feijão macassa, e em alguns locais pode ser conhecido como feijão fradinho. Dizem que entre estes quando secos ou maduros, pode haver cores diferentes. Alem do feijão fradinho, também é muito comum encontrar o feijão furadinho, quando brocas infestadas passam a deixar os seus caminhos.

Outras nomenclaturas podem acontecer: por questão de uma semente ser natural de um lugar, ou de ser pesquisado em um laboratório, ou ser consumido exclusivamente em um determinado lugar. E até ser criado ou pesquisado por alguém que nasceu ou viveu em um determinado lugar. Um fato para descobrir e pesquisar. Deve haver uma razão para um feijão ser chamado de carioca e outro de carioquinha. Fatos que geram uma curiosidade. Como o fato que possa ser pesquisado: como o feijão carioca ou o feijão carioquinha. Embora o carioca consuma mais feijão preto no seu dia a dia. Em outras regiões do país, o feijão mais consumido é o carioca e o carioquinha, enquanto o feijão preto só é consumido em feijoadas.
E algo que parece que sempre, e nunca dar certo é um feijão no dente. Uma questão ética e estética. Quando depois de uma alimentação ou depois de uma degustação fica um pedaço ou uma casca de feijão em um dente. O rosto é o cartão de visitas de uma pessoa. E o sorriso complementa este cartão de visita.

Da mesma forma acontece no comércio. A porta de um comércio é uma boca para a entrada de seus clientes. A porta comercial é o sorriso para um cliente. Um comércio de produtos ou serviços. Um carro parado na porta é como uma casca de feijão no dente, um “caroço de fejão no dente”. Na região da Grande Natal é muito comum carros parado literalmente na porta de um comércio. Carros que se encostam à porta, nas calçadas. Carros estacionados junto a portas, e nas paredes junto à porta, dificultando a passagem de pedestres e entrada de clientes. Um ato incauto de motoristas displicentes, e por incrível que pareça também pode ser um ato do próprio proprietário do estabelecimento. O proprietário que quer mostrar ser dono de imóveis e automóveis. Acreditando que imóveis, com seus automóveis sobre as calçadas são espaços e propriedades exclusivamente suas. 

Um carro parado literalmente na porta da entrada de um estabelecimento comercial, não valoriza o estabelecimento, impede a entrada de novos clientes, não valoriza o profissional que ali está trabalhando. Atrapalha a vida de outros pedestres e cidadãos. Um carro estacionado na porta, a boca de entrada do comércio é como uma sujeira nos dentes, um caso típico de “Fejão no dente”.

A qualidade e a gestão do atendimento começam pelo sorriso de boas vindas, estampados simbolicamente nos tapetes e nas portas de acesso de um estabelecimento.

Entre Natal/RN e Parnamirim/RN 11-04-15

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