sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Sopa com fandangos


Sopa com fandangos

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Toda solução criada pode gerar uma nova necessidade, que vai ser resolvida com criatividade, a geração de uma nova oportunidade. Quando a ciência toma ciência do acontecido, pesquisa sistematicamente, criando padrões de procedimentos, justificados por cálculos, gráficos e pesquisas.
Professores das proximidades, dão notícias que há uma novidade na merenda escolar, em algumas escolas da Grande Natal. Alunos estão adicionando porções de fandangos na sopa preparada e ofertada, na merenda escolar. O ato já deve ser condenado pelos médicos e nutricionistas. E caberá aos novos psicólogos interpretar a nova parada, da turma descolada.
A escola é formadora do conhecimento dos seus alunos, que levam outros comportamentos para casa. Como os pequenos, ao ver o professor escrever em uma lousa fixa na parede, podem muito bem rabiscar as paredes de casa, dando aulas aos seus alunos imaginários. Os bem mais avançados nos estudos aprofundados, levam para casa a ciência como uma nova religião. Tudo pode ser pautado e planejado, e com a certeza da fé, atingir os cálculos esperados.
E a tradicional sopa literária vem multiplicando os seus fandangos. Personagens da Região Metropolitana de Natal. A Grande Natal, vem se somando a outros fandangos, dentro de um pacote arquitetônico, no fundo da livraria. Fandangos administradores, geógrafos e historiadores; alunos, professores e coordenadores; jornalistas, fotógrafos e filmadores; desenhistas, cartunista e gravuristas; editores, diagramadores e distribuidores; cantores, sanfoneiros e triangulistas.
Uma infinidade de ouvidores aparece na fila da sopa, para provar seus sabores. A sopa oferecida agora com novos sabores, com letrinhas de SPVA, aguarda novas letrinhas para acrescentar. E vem somando novos observadores e degustadores, os aqui denominados de fandangos. Outro tempero acrescentado foi uma ajuda a Acari/RN: agua e outros ingredientes não perecíveis, com sabores industrializados a caminho do Seridó (ETD 0730 OCT 03), com destino a Acari, e retomo no mesmo dia (ETA NAT OCT 03). Muitos dos que levaram alimentos para trocar por livros, acabaram ficando para assistir o evento; com café, sopa de letrinhas e outros elementos.
A sopa escolar calculada, criada por nutricionistas e suas calorias, preparada por cozinheiras capacitadas e uniformizadas, com uma diversidade de sabores e nutrientes vem sendo acrescida pelos seus consumidores, com um novo ingrediente. Uma sopa para crianças, com aquilo que podem entender ser os seus croutons, talvez vistos em telas de TV, ou imagens em revistas. Ainda há a possibilidade de ser influencias de colegas ou vizinhos. O ato de adicionar sabores de comportamentos. Aprender e conhecer fazendo, esquecendo a teoria gastronômica com regras nos talheres e nas mesas. Em breve os adultos podem copiar a moda, tal como um dia copiaram a batata frita, incorporando em um cardápio, como sendo uma propriedade intelectual. Mudaram as formas de corte no tubérculo, e criaram outros nomes, para uma mesma batata frita.
A sopa literária criada no bel espaço, apoiada por um imortal da Grande Natal, articulada por mediadores preferidos, vem sofrendo o fenômeno da multiplicação de seus fandangos, que requer uma nova ideia, baseada na imaginação: A otimização do espaço utilizado. Talvez com uma TV instalada no outro espaço, seria uma sugestão, para espalhar seus croutons, servidos com sopa ou com café, além da sala e além da imaginação cercadas por livros.
A sopa literária também deixa uma lição: Ao se denominar um grupo distinto de pessoas, como sendo farinha do mesmo saco, seus participantes podem fazer uma autocritica e uma autodenominação como fandangos do mesmo pacote. Estão ali sempre reunidos, defendendo seus espaços, formados pelas suas histórias, seus poemas e seus livros, a(quilo) que julgam alimentar suas almas, corpos e espíritos (ACM), com outras letrinhas. Terminado o evento, pipocam para vários lados.
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